● A administração de fluidos EV deve ser visto como o uso de qualquer outro remédio. Ele possui indicação, contra-indicação e efeitos adversos. Fluidos em excesso ou de menos podem ter consequências graves para o doente
● A fluidoterapia tem função de restaurar e manter a perfusão tecidual, possuindo papel central na ressuscitação de pacientes críticos. Ela pode ser dividida em quatro fases:
○ Ressuscitação: fase inicial na qual o paciente precisa de grande volume em pouco tempo. Aproximadamente 30 ml/kg em 1 hora
○ Otimização: após ressuscitação inicial, diminuir volume e velocidade e avaliar fluido responsividade. Além disso, realizar dosagem seriada de lactato para acompanhar melhora da perfusão
○ Estabilização: interrupção da infusão agressiva de fluido é só dar volume se necessário. Evitar balanço hídrico (BH) positivo
○ Descalonamento: fase de negativação do BH. Pode ser usado diuréticos ou terapia de substituição renal, se necessário
● A fluido responsividade se relaciona com a fase de rampa da Curva de Frank-Starling, na qual há aumento do volume sistólico (VS) ou do débito cardíaco (DC) após aumento da pré-carga com a infusão de volume.
○ Fluido Responsividade ≠ necessidade de volume
○ Exemplos de métodos de avaliação do estado volêmico: clínica, Pressão Venosa Central (PVC), Pressão de Oclusão da Artéria Pulmonar (POAP), Termodiluição via cateter de Swan-Ganz, Ecocardiograma à beira-leito, monitores de débito cardíaco (DC)
○ Métodos para avaliação da fluido responsividade:
■ ΔPP e VVS: pacientes em modo controlado de VM com Vt 8ml/kg, sem arritmias, sem taquipneia, dentre outros pré-requisitos
■ Prova de volume: 100-200 ml e reavaliação da monitorização ■ Elevação passiva das pernas: mobilização de sangue venoso dos membros inferiores para cavidade torácica e reavaliação