● Não existe consenso sobre qual fluido é o mais adequado para a ressuscitação volêmica. A escolha deve ser individualizada caso a caso, pois, cada um tem suas vantagens e desvantagens. Os principais são:
○ Cristalóides: mais baratos e disponíveis. São soluções de baixo peso molecular. Não possuem pressão coloidosmótica e sua redistribuição dependerá da quantidade de sódio na solução.
■ Solução fisiológica 0,9%: possui grande quantidade de cloro e pode causar acidose metabólica.
■ Ringer Lactato: mais hipotônica que SF 0,9%, porém, sem cloro em sua composição.
■ Plasma-Lyte: contém acetato.
○ Colóides: mais caros e menos disponíveis. Possuem peso molecular maior e, com isso, pressão oncótica. Com isso, carecem de menor volume de infusão para atingir a ressuscitação e causam menos edema.
■ Albumina: segura e tão eficaz quanto salina. Aproximadamente 100ml de albumina a 25% gera aumento de volume intravascular de 500ml
■ Amidos sintéticos
○ Hemoderivados: usado em choque hemorrágico
● Lei de Frank-Starling: quanto maior a pré-carga, mais fibras cardíacas são distendidas e recrutadas e, consequentemente, maior é a contração cardíaca e o volume sistólico. Existe uma fase de rampa, na qual o volume administrado aumenta o DC, uma fase de platô, na qual não há mais aumento do VS e uma fase de queda, quando o volume é tão grande que desacopla as fibras e reduz a contratilidade do coração.
● Existem diversas formas para se avaliar a volemia e a fluido responsividade de um paciente, mas, nenhuma destas deve ser analisada de forma isolada para definir conduta
○ Exemplos de métodos de avaliação do estado volêmico: clínica, Pressão Venosa Central (PVC), Pressão de Oclusão da Artéria Pulmonar (POAP), Termodiluição via cateter de Swan-Ganz, Ecocardiograma à beira-leito, monitores de débito cardíaco (DC)
○ Exemplos de métodos de avaliação da fluido responsividade: elevação passiva das pernas.